Efetivo da PRF no RN diminuiu nas estradas em função da Copa
A realização da Copa das Confederações e
os preparativos para a Copa do Mundo no Brasil já produziram os
primeiros efeitos no Rio Grande do Norte. Ao contrário do que se
imagina, os resultados, até o momento, são negativos. Por causa das
competições, a vigilância nas rodovias federais que cruzam o Estado foi
reduzida este ano. Com o objetivo de participar de cursos preparatórios e
reforçar a seguranças nas cidades-sede da primeira competição, os
agentes da Polícia Rodoviária Federal no RN (PRF/RN) foram deslocados
para outros Estados. Como consequência direta da ação, o órgão que, em
2012, liderou o ranking de apreensão de entorpecentes, encontra-se hoje
na última posição no combate ao tráfico de drogas.
Em todo Estado, o número de apreensões
de maconha, cocaína e crack realizadas pelas forças policiais reduziu
14% no período de janeiro de 2012 a novembro de 2013.
Concomitantemente, os índices de violência chegaram a patamares
inéditos.
Analisando os números de cada órgão
isoladamente, o desempenho não foi ruim. Pelo contrário. Polícia
Militar, Polícia Federal e Polícia Civil conseguiram apreender uma
quantidade superior de drogas durante os onze meses de 2013, se
comparado com 2012. No entanto, a PRF teve fraco desempenho e produziu
resultado irrisório que puxou o desempenho geral para baixo.
Em 2012, os responsáveis pelo
patrulhamento das rodovias federais no Estado conseguiram apreender
quase uma tonelada e meia de maconha. Somou-se a essa quantia, mais de
15 quilos de crack e 7,146 quilos de cocaína. De janeiro a novembro
deste ano, os números sofreram redução acentuada. Os policiais
rodoviários apreenderam somente 33 quilos de maconha, pouco mais de um
quilo de crack e apenas 460 gramas de cocaína.
Apesar dos números insignificantes no
RN, a PRF continua liderando o ranking de instituições que apreendem
entorpecentes no país. Até o dia 16 deste mês, os policiais conseguiram
efetuar a apreensão de 115,803 toneladas de maconha, 5,895 toneladas de
cocaína e 1,928 tonelada de crack. “A PRF está presente nas fronteiras.
Por isso esse destaque em nível nacional”, disse Cabral.
Atualmente, a PRF/RN conta com efetivo inferior a 300 homens. Em
fevereiro passado, durante entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o
superintendente do órgão, inspetor Rosemberg Alves de Medeiros, afirmou
que o quadro seria modificado com a realização do concurso público. Em
julho passado, foi deflagrado um certame com disponibilidade de 1.000
vagas e formação de cadastros de reserva para todo país.
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