domingo, 22 de setembro de 2013

Governo do estado cobra de soldado da PM ‘prejuízo’ causado em viatura durante perseguição

Como dirigir um veículo considerado de emergência sem  eximir do risco de causar em algum momento um dano material a ele? Não existe dúvidas de que o mais provável é que o motorista seja surpreendido, uma hora ou outra  por um acidente causado pela complexidade que a função apresenta.
Na Polícia Militar os motoristas são altamente exigidos. Se dirige durante o dia e a noite e sem tempo certo para descansar. Vez ou outra é preciso passar por lugares quase que intrafegáveis. Também são inúmeras as vezes que são obrigados a imprimir uma velocidade acima do normal, seja para salvar vidas, prender bandidos ou afins o que indiscutivelmente aumenta o risco de acidentes. Além disso quando uma viatura da polícia é surpreendida por bandidos, o motorista é o principal alvo.
Pois bem José Walter Alves Clemente soldado da Policial Militar do Rio Grande do Norte há 13 anos afirma que está sendo pressionado, pelo Estado a pagar a quantia de R$ 600,00 (Seiscentos Reais), proveniente do serviço em uma viatura. Isso se deu por causa de um acidente quando em uma perseguição a uma moto suspeita ele colidiu lateralmente com uma barra de ferro fincada em uma rua  da cidade de Santana do Matos.
”Ser motorista na PM é ‘botar a corda no pescoço’. Nada temos de vantagens em relação aos outros Policiais. Pelo contrário, toda e qualquer locomoção que a viatura faça, somos nós que temos que estar inteiros para ter condições de cumprir com a missão, sem levar riscos às vidas que nos acompanham.
Já estou respondendo na Justiça, e sendo tratado como RÉU pelo Estado, isso porque, em cobranças anteriores na esfera administrativa, me neguei a pagar pelo exposto, alegando justamente que estava dirigindo um veículo de emergência, e no estrito cumprimento do dever legal.
A partir deste momento, estou sendo obrigado a constituir advogado para me defender em juízo, o que pode aumentar em muito minhas custas. Por este motivo, serei obrigado a, desde já, me negar a dirigir viaturas da Polícia Militar, uma vez que, as dirigindo, corro o risco eminente de causar outros acidentes, o que, com os danos pagos, terminará impossibilitando que eu continue sustentando minha família, coisa que nós, Soldados da Polícia Militar do RN, já fazemos com dificuldades, tendo em vista a falta de valorização pela qual passamos.” termina o soldado José Walter Alves Clemente.
Fonte: Via Certa Natal

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