Como dirigir um veículo
considerado de emergência sem eximir do risco de causar em algum
momento um dano material a ele? Não existe dúvidas de que o mais
provável é que o motorista seja surpreendido, uma hora ou outra por um
acidente causado pela complexidade que a função apresenta.
Na Polícia Militar os motoristas são altamente exigidos. Se dirige
durante o dia e a noite e sem tempo certo para descansar. Vez ou outra é
preciso passar por lugares quase que intrafegáveis. Também são inúmeras
as vezes que são obrigados a imprimir uma velocidade acima do normal,
seja para salvar vidas, prender bandidos ou afins o que
indiscutivelmente aumenta o risco de acidentes. Além disso quando uma
viatura da polícia é surpreendida por bandidos, o motorista é o
principal alvo.
Pois bem José Walter Alves Clemente soldado da Policial Militar do Rio
Grande do Norte há 13 anos afirma que está sendo pressionado, pelo
Estado a pagar a quantia de R$ 600,00 (Seiscentos Reais), proveniente do
serviço em uma viatura. Isso se deu por causa de um acidente quando em
uma perseguição a uma moto suspeita ele colidiu lateralmente com uma
barra de ferro fincada em uma rua da cidade de Santana do Matos.
”Ser motorista na PM é ‘botar a corda no pescoço’. Nada temos de
vantagens em relação aos outros Policiais. Pelo contrário, toda e
qualquer locomoção que a viatura faça, somos nós que temos que estar
inteiros para ter condições de cumprir com a missão, sem levar riscos às
vidas que nos acompanham.
Já estou respondendo na Justiça, e sendo tratado como RÉU pelo Estado, isso porque, em cobranças anteriores na esfera administrativa, me neguei a pagar pelo exposto, alegando justamente que estava dirigindo um veículo de emergência, e no estrito cumprimento do dever legal.
Já estou respondendo na Justiça, e sendo tratado como RÉU pelo Estado, isso porque, em cobranças anteriores na esfera administrativa, me neguei a pagar pelo exposto, alegando justamente que estava dirigindo um veículo de emergência, e no estrito cumprimento do dever legal.
A partir deste momento, estou sendo obrigado a constituir advogado para
me defender em juízo, o que pode aumentar em muito minhas custas. Por
este motivo, serei obrigado a, desde já, me negar a dirigir viaturas da
Polícia Militar, uma vez que, as dirigindo, corro o risco eminente de
causar outros acidentes, o que, com os danos pagos, terminará
impossibilitando que eu continue sustentando minha família, coisa que
nós, Soldados da Polícia Militar do RN, já fazemos com dificuldades,
tendo em vista a falta de valorização pela qual passamos.” termina o
soldado José Walter Alves Clemente.
Fonte: Via Certa Natal
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